quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

NADA DEVE PARECER NATURAL - C.A de Comunicação apoia Josemiro, Rômulo e Daniel!



 
NOTA DO DIRETÓRIO ACADÊMICO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - GESTÃO NADA DEVE PARECER NATURAL

"Durante uma semana observamos a movimentação em torno de Josemiro e o seu ato, ainda que pareça de desespero, é um grito rompendo o silêncio. Um silêncio de anos e anos dentro das universidades brasileiras, e como não poderia deixar de ser, também na nossa UFMA. A realidade que só se fala em corredores e no ouvido dos amigos é a que segue: uns falam de canto que fulano voltou pro interior dele porque não conseguiu um lugar para morar, outro reclama que mora longe, em um lugar sem segurança, que não conseguiu vaga na casa de estudante, e diversos outros casos, que ouvimos no dia-a-dia, mas que não vemos mais nada além disso.
Para além dos corredores, o que vemos é que a administração da universidade parece não se importar, parece não enxergar, não ter um olhar humano sobre a questão, sobre a falta do básico: moradia, para um aluno conseguir concluir seus estudos com êxito.
Sentimos que a nossa UFMA vem se tornando um bolsão, uma grande fábrica de mão-de-obra (barata) para atender a um mercado cada vez mais precário no nosso estado. Não se tem o desejo de formar profissionais sociais, que trabalhem para a sociedade. As adversidades são tantas, as burocracias são tantas, os empecilhos para se ter uma vida acadêmica verdadeira são tantos que se torna uma prova de fogo terminar um curso no tempo estimado.
Entendemos que a assistência estudantil é sim, responsabilidade da Universidade, dos governos, e que uma universidade preocupada com a qualidade de vida dos alunos - principalmente dos que não tem como arcar com os custos de alimentação, moradia e de vida, fora de casa - é essencial para que tenhamos uma educação cada vez melhor, altos níveis de excelência e que faça jus ao lema “Educação, Pesquisa e Extensão”.
Nos solidarizamos com o movimento e declaramos total apoio! A dor de Josemiro, do Daniel, e agora, do Rômulo, é nossa também, a identificação é real porque sabemos que sem um teto decente, que sem qualidade de vida, não temos dignidade. Tudo o que nós, estudantes, solicitamos é DIGNIDADE (sim, em letras garrafais, como um grito, um berro!) e RESPEITO.
O direito à moradia é tão básico, tão básico, que quando desrespeitado pela insensibilidade do poder público e da sociedade, sentimos o corpo dilacerado, a carne nua, crua e exposta. Se acham que é luxo o que se pede, um favor, discordamos! É um direito! É um direito exigir o que nos é negado, o que é nosso por direito!
Somos todos Josemiro! Somos todos Daniel! Somos todos Rômulo.

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