sexta-feira, 3 de abril de 2009

O vale-tudo da oligarquia...

Começam a se multiplicar os exemplos de que a oligarquia busca a todo custo um fato político que defina o Movimento Balaiada como violento, depredador do bem público e cerceador das liberdades.

Foi assim durante todo o percurso da marcha: provocações e mais provocações junto aos caminhantes. Foi assim nas mentiras espalhadas que Márcio Jardim só não entrou e dilapidou o Convento das Mercês porque a polícia militar não deixou. Foi assim com o jornalista Mário Augusto, do Brasil de Fato que, cercado no Centro Histórico, foi assaltado somente em sua máquina filmadora digital. Não levaram mais nada, documentos, dinheiro, relógio ou celular. O que tinha na máquina? As imagens que colhera da Marcha, de Itapecuru até Santa Rita, onde acompanhou.

É assim agora com a atriz e professora Rejane Galeno. À primeira vista, parece incompreensível que Aldenízio Sá, vulgo Décio Sá, de fato provoque no campo do adversário (a solenidade de assinatura de promoção de 6.300 professores) uma das pessoas mais envolvidas na organização do movimento de resistência... a não ser que, sabendo do "pavio curto" da mesma, criasse uma situação tal que o jornalista acabasse agredido e tivesse seu trabalho jornalístico cerceado... Prato cheiro para caracterizar balaios como violentos, depredadores do bem público e cerceadores das liberdades, não?

Deixo, a seguir, o textos do jornalista Mário Augusto - "O Maranhão das cicatrizes" e o texto-desabafo do jornalista Emílio Azevedo - "Os ataques que vem da sarjeta".

O MARANHÃO DAS CICATRIZES
Mário Augusto

Não costumo escrever artigo na primeira pessoa, mas neste caso não tem jeito, pois o principal protagonista é o próprio autor destas mal traçadas, que me deixou verdadeiramente com a pulga atrás da orelha.

Fui a São Luís do Maranhão participar de um Fórum sobre Jornalismo e Direitos Humanos a convite da coordenadoria de Comunicação Social da Faculdade São Luís, numa oportunidade de debater com os universitários em uma cidade onde existem 12 jornais diários, talvez um recorde brasileiro.

Deparei-me com futuros jornalistas - estavam inscritos no Fórum também estudantes de Direito e Administração - antenados com as questões atuais da mídia. Em síntese, procurei demonstrar que a mídia tem responsabilidade que não pode fugir e que os setores conservadores procuram a todo custo incutir na opinião pública preconceitos do tipo “direito humano é coisa de bandido” etc. Creditei este estereótipo ao gênero senso comum, lembrando que o então Governador Leonel Brizola foi linchado pela mídia hegemônica exatamente por exigir que a polícia do Estado, militar e civil, respeitasse os direitos humanos em áreas pobres da cidade. Lembrei que uma semana antes da morte de Brizola, um articulista de O Globo, em junho de 2004, acusava o ex-governador de ser o responsável pela onda de violência que se abatia (e continua até hoje) sobre o Rio.

Na minha passagem pela capital maranhense aproveitei a oportunidade para realizar uma reportagem sobre a crise política que se abateu sobre o Estado com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de cassar o mandato do Governador Jackson Lago sob a alegação de “abuso do poder econômico” na eleição de outubro de 2006. Consegui me deslocar até o município de Santa Rita, a cerca de 70 quilômetros de São Luís, para ver a “Marcha Balaiada em defesa do voto”, organizado por movimentos sociais maranhenses, com destaque para o MST, e partidos políticos como o PT e PDT. Os manifestantes vinham de uma caminhada de 600 quilômetros denunciando o que consideravam um golpe da família Sarney contra a vontade popular.

Com uma máquina de filmar digital registrei a manifestação, que culminou com um comício do qual participou o ex-Ministro das Cidades e ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra. Fiquei radiante, pois tinha certeza que as imagens colhidas seriam possivelmente inéditas no Rio de Janeiro e mesmo em outras cidades brasileiras.

No dia seguinte, quando tinha pautado filmar a fachada do Tribunal de Contas do Estado, que tem o nome de Roseana Sarney, estampado em bronze, fui surpreendido com um assalto, na lagoa Jansen, praticado por cinco jovens (possivelmente nenhum deles tinha mais de 20 anos) que foram diretos na bolsa que eu levava no ombro, onde se encontrava, devidamente protegida, a máquina filmadora. Tinha colocado dentro da bolsa, juntamente uma câmara fotográfica, exatamente para não chamar a atenção, pois sabia que atualmente nas grandes cidades brasileiras todo o cuidado é pouco para estas coisas.

Dentro do possível procurei resistir à investida, mas não foi possível. De quebra os ladrões ainda esfaquearam a minha mão direita, abrindo uma “avenida”, o que exigiu que tivesse de levar cinco pontos num posto de saúde. Fiquei com a pulga atrás da orelha inclusive pelo fato de os ladrões não terem se interessado pelo relógio de pulso que eu portava e o dinheiro que levava no bolso. Depois, ainda por cima fui informado que uma patrulha da PM que fazia a ronda preventiva no local estava momentaneamente parada, pois os soldados tinham ido “almoçar”.

Fiquei ainda mais intrigado com uma nota do jornal O Estado do Maranhão, de propriedade da família Sarney, que afirmava na coluna “Estado Maior” que a “maioria dos balaios (participantes da caminhada em defesa do voto) é de jovens entre 20 e 35 anos, todos bens nutridos e com aparência urbana que não conseguiam esconder nem usando chapéu”.

As imagens que colhi numa fita mini-dv, que os ladrões também levaram, desmentiam a afirmação da página 3, da sexta-feira 27 de março de O Estado do Maranhão. Constatei que a maioria dos manifestantes, ao contrário do que afirmava o jornal da família Sarney, era integrada por representantes de movimentos sociais maranhenses, sobretudo do MST, verdadeiramente com aparência de gente não tão “bem nutrida”.

Como se sabe, ao decidir, por 4 a 3, pela cassação do mandato de Jackson Lago, o TSE ordenou que a concorrente segunda colocada, exatamente Roseana Sarney, assumisse no lugar do governador impedido. Os advogados de Lago ainda entraram com um recurso final para evitar a cassação, enquanto partidos políticos tentavam na Justiça que fosse revogada a decisão que ordenava a posse de Roseana. O recurso pedia que o governador substituto fosse escolhido ou pela Assembléia Legislativa ou pelo voto.

Não posso afirmar que os cinco ladrões que levaram a máquina de filmar e todos os meus documentos e anotações jornalísticas fizeram isso - porque sabiam o que iam encontrar - estariam cumprindo uma “missão”, ou o incidente foi apenas mera coincidência.

Prefiro que os leitores concluam. O certo é que regressei frustrado, sobretudo por não ter as imagens colhidas na caminhada que passava pelo município de Santa Rita. A lamentável ocorrência está registrada no 9º Distrito Policial de São Luís. Continuo com os cinco pontos na mão direita. É o Brasil com muitas cicatrizes.

OS ATAQUES QUE VEM DA SARJETA
Emilio Azevedo

O senador José Sarney e seu filho Fernando – chefes de uma organização criminosa segundo a PF – tem feito de tudo para me provocar e intimidar.

Primeiro, ameaçaram me bater (via Rádio Mirante). Depois, caluniaram minha cunhada. Agora, escalaram um de seus “ratinhos” para provocar minha mulher. Sobre este último fato, o tiro saiu pela culatra, pois o agente da organização acabou falhando na sua tarefa. A tática do capitão do mato foi ameaçar agredi-la. Ao provocá-la, esperava que ela reagisse. Metesse a mão na cara dele, por exemplo. Só que ela optou por não reagir. E, sem se intimidar, foi prestar queixa na Polícia (cada vez mais, o local mais apropriado para se tratar dos problemas relacionados ao grupo Sarney).

Bem, sei exatamente quem são meus adversários e quais são os seus métodos. Sarney é um homem covarde. Reconhecidamente covarde. Só ataca à traição. Os filhos seguem na mesma linha. Lembro que quando os irmãos Caruso (Paulo e Chico) fizeram o famoso rock da Roseana, eles ameaçaram lavar a honra da família com sangue. Não cumpriram a ameaça. Não poderia ter sangue, se não tinha honra para lavar. Anos depois, ele e Marly, receberam a dupla em sua casa.

Agora, quando Sarney resolve usar pessoas da minha família para me atingir, eu vou republicar o Rock da Roseana. Vou, para registrar a falta de caráter dos meus adversários e para deixar bem claro para eles que não vou arredar um milímetro dessa luta contra essa máfia. Não vou me intimidar. A minha decisão como jornalista e como cidadão está tomada e vou até o fim nessa causa. Continuarei a fazer tudo como sempre fiz. Até hoje sempre tratei de política!

Sobre as provocações e tentativas de intimidação, lembro que já fui até Brasília uma vez lançar um livro sobre o roubo do Convento das Mercês. Sobre o imóvel que Sarney sequestrou do patrimônio público. Agora, numa luta como essa, neste nível que eles querem impor, estou absolutamente preparado para ir às últimas consequências. Estou disposto a denunciar suas covardias e seus desmandos ainda com mais força.

A publicação do “Rock da Roseana” ilustra isso: o nível moral dos meus adversário e a minha disposição de enfrentá-los.

Enfatizo, que os autores do texto abaixo, os irmão Caruso, depois de toda a esculhambação com que trataram Roseana, foram recebidos por Sarney e Marly. O casal recebeu os dois em casa! É assim que eles prezam os valores de uma família! É para essa sarjeta que eles querem puxar aqueles que hoje lhe fazem oposição! Segue o texto dos Caruso.

DAR UMA NA MURAD,
ESTOU LOUCO DE VONTADE,
FAZER ESSA BELDADE ARRANCAR A FANTASIA,

NO TREM DA ALEGRIA,
EM MEIO AO MAR DE LAMA,
MARIMBONDOS DE FOGO
RODEANDO A NOSSA CAMA,

A GENTE CHAFURDANDO NO BREJAL DOS GUAJÁS,
AO NORTE DAS ÁGUAS AS ANÁGUAS VÃO ROLAR.

PAPAI!
TIRA-ME DAQUI.

MAMÃE!
VAI LÁ DONA MARLY,

ANTES QUE ELA ACABE GOSTANDO
REQUEBRA, ROSEANA,
VEM ME FAZER FELIZ,
QUERO FAZER CONTIGO
O QUE TEU PAI FEZ COM O PAÍS,

METER UM COMPULSÓRIO
NA ABUNDANTE DEMANDA,
MAMAR NAS ESTATAIS
DESSA GAROTA-PROPAGANDA,

A GENTE CHAFURDANDO NO BREJAL DOS GUAJÁS,
AO NORTE DAS ÁGUAS AS ANÁGUAS VÃO ROLAR.

PAPAI!
TIRA-ME DAQUI.

MAMÃE!
VAI LÁ, DONA MARLY.

ANTES QUE ELA ACABE GOZANDO

8 comentários:

Anônimo disse...

Isso é mesmo uma piada. Sarney lá tá preocupado com Emilio Azevedo? Ele e a dita cuja famosa por ser barraqueira não fazem a menor diferença no contexto político.
Mais uma vez, querem tirar proveito do senador Sarney. Tem falar nele, pra ver se aparecem um pouco.
E isso serve pra ti também secretário, cresce e aparece, tu ainda tá pequenininho.

Anônimo disse...

É lamentável que politicos jovens como Emilio Azevedo, Márcio Jardim e Franklin Douglas, sejam tão alienados. Voces pregam moralismo, honestidade e honradez, mas defedem um governo cheio de falcratuas, fraudes e ainda por cima hipocrita. A defesa que fazem do Governo de Jackson Lago coloca voces no mesmo patamar de igualdade com ele. Será que os fins justificam os meios? A política que estão pregando estar igual ou pior a do grupo Sarney. Aprendam uma lição o povo já estava cansado do grupo Sarney e agora começa a cansar do grupo dos Lago. Antes de Jackson assumir o governo, ninguém conhecia a familia Lago, hoje toda a população do maranhão conhece Alexandre Lago, Paulo Lago antonio Carlos Lago, Nonato Lago, Luciana Lago e o notável Anderso Lago, e com a familia viram os amigos... Aziz's e companhia. A verdade é que mudaram o tabuleiro mais as peças continuam as mesma.

Anônimo disse...

Perfeito esse comentário acima,iso mesmo Franklin,o povo está cansado dessa guerra e é com tristeza ue concordo vcs se tornaram igual,estamos canados desses discuros que não levam a lugar algum,com certeza jackson não ganha mais eleições aqui no estado.O povo não é besta vc só está se queimando por causa de um monte de ladrão corupto tipo Aderson,Aziz,marcio Jardim e cia.Quermos mudança vcs já cansaram,nem lago nem sarney.

Anônimo disse...

Excelente rock!! É disso que a Branca gosta, além do jogo, é claro. Ótimo texto do jornalista Emilio Azevedo e sua matéria, Franklin Douglas, excelente também.
Até quando os internautas maranhenses terão que suportar blogueiros inescrupulosos, desrespeitosos, venais e canalhas! Ainda bem que temos textos sérios e competentes como o seu.
Abraços, Fátima Silva, servidora do município.

Anônimo disse...

Não vejo nada de otimo nesse texto.esse é mais um dos que não representam nada...

Anônimo disse...

Não defenda tipos como márcio jardim ,essa louca da Rejane,que eu estava lá e vi o que ela vez,não estou defendendo esse blogueiro,mas ele só queria era entrevistar um aluno que estava com um cartaz.Não se queime defendendo pessoas que não merecem e fatos que vc não presenciou.

Anônimo disse...

Me poupe Franklin,tu defendendo essa Rejane Galeno! todos sabem que é "barraqueira" de quinta categoria,menos Franklin,tu está descendo muito de nivel.Não torne seu blog iguais aos outros.

Anônimo disse...

Já que tu tá defendendo uma louca da Educação ,Rejane Galeno,que todos nós da educação somos obrigados a conviver e sabemos quem é a peça,ou as peças.Então quero saber tua posição em relação ao nosso lider Odair José que vetaram o direito de falar na plenária.