quinta-feira, 30 de abril de 2009

Poesia de Quinta

POESIA DE QUINTA - número 30
Por Deíla Maia


Poesia de Quinta desta semana faz uma breve reflexão sobre o tempo e a poesia.
É impressionante como a nossa essência não muda com o passar dos anos... Vocês concordam comigo?
Eu me identifiquei perfeitamente com este poema de Mário Quintana, pois realmente quando olho meus poemas que fiz quando eu era criança ou adolescente, parece que eles foram feitos ontem (ou amanhã!!!) ... Os sentimentos realmente não tem tempo.
Só que eu sempre dato meus poemas!!! Gosto de lembrar do momento em que eles surgiram. Mas vou até repensar os meus conceitos.

Beijos atemporais,


DATA E DEDICATÓRIA
Mário Quintana


Teus poemas, não os dates nunca... Um poema
Não pertence ao Tempo... Em seu país estranho,
Se existe hora, é sempre a hora extrema
Quando o Anjo Azrael nos estende ao sedento
Lábio o cálice inextinguível...
Um poema é de sempre, Poeta:
O que tu fazes hoje é o mesmo poema
Que fizeste em menino,
É o mesmo que,
Depois que tu te fores,
Alguém lerá baixinho e comovidamente,
A vivê-lo de novo...
A esse alguém,
Que talvez nem tenha ainda nascido,
Dedica, pois, teus poemas.
Não os date, porém:
As almas não entendem disso.

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