domingo, 1 de março de 2009

Presidência do Senado coloca Sarney no olho do furacão (II)

Continua sob os holofotes da mídia o presidente do Senado, o senador amapo-maranhense José Sarney (PMDB). A exposição é tão grande que o velho oligarca fica até nervoso e confunde as bolas. A última foi, ao referendar os ataques do ministro do STF Gilmar Mendes aos sem-terras, dizer: "o direito de um começa onde termina o do outro"... a frase correta é: "o direito de um TERMINA onde começa o do outro"! Coisa de imortal decano...

E por ai via Caros Amigos, Jarbas na Veja, artigo de Luciana Capiberibe sobre a resposta de Sarney em The Economist. Abaixo, alguns links no Jornal Pequeno que registram também a pancadaria sob Sarney.




Jornal Pequeno - 1º/03/2009 (http://www.jornalpequeno.com.br/2009/2/28/Pagina100114.htm)

‘FEVEREIRO do desgosto’
Nunca o nome de José Sarney - e de membros destacados de sua família - estiveram tão expostos, de forma negativa, na mídia nacional e internacional.

O mês de fevereiro, encerrado ontem, marcou a volta de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado - numa conquista festejada com intensidade pelo clã chefiado pelo último coronel do Brasil -, mas fevereiro também foi o mês do desgosto para Sarney. Nunca seu nome - e de outros membros destacados de sua família - estiveram tão expostos, de forma negativa, na mídia nacional e internacional.

O "fevereiro do desgosto" do oligarca começou apenas quatro dias depois de sua eleição, quando a conceituada revista inglesa "The Economist" foi às bancas chamando Sarney de "dinossauro" e representante do "semifeudalismo" político. No rastro da matéria da "Economist", veio uma enxurrada de reportagens sobre as falcatruas da família Sarney. Os jornais "O Estado de S. Paulo" e "Folha de S. Paulo" e as revistas "Veja" e "Caros Amigos" foram algumas das publicações que chamuscaram ainda mais a imagem de Sarney e o desacomodaram do lugar que ele mais gosta de ocupar - o de influente iminência parda do poder, uma espécie de Rasputin* tupiniquim.

Veja a seguir o resumo de algumas matérias que fizeram o inferno astral de José Sarney em fevereiro.

Sarney, o dinossauro - No dia 6 de fevereiro chegou às bancas de todo o mundo a revista inglesa "The Economist" - uma publicação com tradição de 175 anos -, trazendo uma reportagem que classificou a eleição de José Sarney à presidência do Senado, em 2 de fevereiro, de "vitória do semifeudalismo".

A reportagem, intitulada "Onde os dinossauros ainda vagam" ("Where dinosaurs still roam") - de autoria do jornalista John Prideaux, que esteve durante uma semana no Maranhão, colhendo informações sobre José Sarney -afirmou que talvez fosse "hora de (Sarney) se aposentar". "Sarney pode parecer um regresso a uma era de políticas semifeudais que ainda prevalecem em alguns cantos do Brasil e puxam o resto dele para trás. Mas, com o apoio tácito de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente de centro-esquerda do país, ele foi escolhido para presidir o Senado", relatou a revista, entre outras coisas.

Sarney mandou uma resposta à revista, naturalmente discordando de tudo o que foi escrito a acenando com uma ação judicial. Fiel a seu estilo coronelista e intimidatório, em vez de simplesmente encaminhar a resposta, sem intermediários, ele pagou 3.500 dólares (perto de R$ 8 mil) para um advogado inglês exercer o papel de mensageiro.

Conversa 'de pai para filho' - Um dia depois da devastação causada pela "The Economist", foi a vez dos jornais "O Estado de São Paulo" e "Folha de S. Paulo" infernizarem a vida do oligarca. As duas publicações trouxeram à tona pela primeira vez um diálogo entre José Sarney e seu filho Fernando Sarney - superintendente do Sistema Mirante.

Na conversa, de 3 minutos e 32 segundos, ocorrida no dia 17 de abril do ano passado, o presidente do Senado pergunta ao filho se ele havia recebido informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre um processo judicial envolvendo Fernando que corre em sigilo. Fernando pergunta ao pai se há alguma novidade sobre "aquele meu negócio". Sarney responde: "Não, até agora não me deram nada." Fernando prossegue: "Muito bem, mas eu aqui já tive notícia, aqui do Banco da Amazônia." O senador pergunta: "É, né? Da Abin?" E o filho responde: "Também."

Entre outros ilícitos, o filho de Sarney é investigado pela PF ("Operação Boi Barrica") por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, fraude em licitações e envolvimento no financiamento ilegal na campanha eleitoral de sua irmã Roseana Sarney, candidata derrotada a governadora em 2006. Fernando sacou R$ 2 milhões da conta da Mirante nos dias 25 e 26 de outubro de 2006, três dias antes do segundo turno das eleições.

O "Estadão" e a "Folha" informaram, ainda, que o "grampo" da PF também flagrou José Sarney e Fernando usando a TV Mirante para atacar um adversário político - o que é crime, pois as TVs brasileiras são concessões públicas e a lei 4.117/62 proíbe seu uso para fins políticos. Sarney manda Fernando "botar na TV [Mirante]" uma matéria para atingir Aderson Lago, atual chefe da Casa Civil do governo Jackson Lago, e seu filho, Aderson Neto. A reportagem trataria de um suposto desvio de recursos públicos de convênios firmados entre a prefeitura de Caxias e o governo estadual.

José Sarney sentiu o golpe - e revelou a mais de um interlocutor seu desconforto com o vazamento do diálogo -, mas minimizou o teor do "grampo", dizendo se tratar apenas de uma banal "conversa de pai para filho". O áudio completo do "papinho" familiar foi parar no YouTube (veja reprodução http://www.youtube.com/watch?v=ivgnuP1hbMY)


‘Caros Amigos’ e o ‘furacão’ Jarbas (http://www.jornalpequeno.com.br/2009/2/28/Pagina100069.htm)

Para infelicidade de José Sarney, seus dissabores em fevereiro não se esgotaram com as matérias da "Economist", do "Estadão" e da "Folha". No dia 18 chegou às bancas a revista paulista "Caros Amigos", brindando os leitores com 5 páginas sobre as falcatruas do clã Sarney.

A reportagem, assinada por Palmério Dória, destacou que só no Brasil um político carente de princípios éticos e com os filhos permanentemente ligados a escândalos federais - Roseana, no caso Lunus, e Fernando, na Operação Boi Barrica - poderia chegar onde José Sarney chegou: presidente do Senado, controlando as áreas de Transportes e Energia e arquitetando a derrubada de um governador eleito legitimamente pelo povo para pôr no cargo sua própria filha. "Quem governa o país é Lula, mas quem manda é o Sarney", avaliou a publicação.

Quase ao mesmo tempo em que a "Caros Amigos" circulava com o relato dos cambalachos do clã Sarney, a revista "Veja" ia para as bancas com uma entrevista bombástica do senador pernambucano Jarbas Vasconcelos. Aos 66 anos, 43 dos quais dedicados à política, reserva moral do PMDB, Jarbas falou o que todo mundo já sabia, mas que vindo de sua boca fez Sarney e Cia. tremerem nas bases: "a eleição de Sarney à presidência do Senado foi um completo retrocesso"; "Sarney não tem nenhum compromisso ético, nenhuma preocupação com o Senado"; "a moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador Sarney"; "Sarney vai transformar o Senado num grande Maranhão" foi o mínimo que Jarbas disse sobre o oligarca. "Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção", arrematou o senador pernambucano.

Carnaval ‘escangalhado’ - Na esteira do "furacão Jarbas" a "Veja" que circulou em São Luís no dia 22 escangalhou definitivamente o carnaval da horda sarneisista. Mesmo sem dizer nada que fosse exatamente uma novidade - principalmente para o Jornal Pequeno, que tratou do assunto em várias reportagens há mais de seis meses -, a "Veja" destacou o envolvimento de integrantes da família Sarney (o patriarca, seu irmão Ernane e sua filha Roseana) no "propinoduto" implantado pela construtora Gautama, do famigerado Zuleido Veras, em vários estados do país. Mediante suborno (especialmente por meio de ajuda financeira em campanhas eleitorais) de uma ampla rede de colaboradores no mundo político, Zuleido obtinha facilidades para captar contratos de obras públicas.

De acordo com a "Veja", as obras de ampliação do aeroporto de Macapá, no Amapá, constituem um bom exemplo da "relação promíscua" entre a Gautama e os políticos corruptos. Relatou a "Veja": "A Infraero só licitou a obra, no fim de 2004, após pedido do senador José Sarney ao presidente Lula. A partir desse momento, contudo, começou a girar a roda da fortuna estabelecida pelo empreiteiro. Com 'técnicos'instalados em postos-chave do governo, a Gautama conseguiu fraudar a licitação e assinar um contrato superfaturado em R$ 50 milhões. A PF conseguiu reunir provas - como comprovantes de depósitos bancários, diálogos telefônicos, planilhas de propina - que mostram como o dinheiro público roubado foi rateado: parte abasteceu campanhas eleitorais, parte foi parar diretamente no bolso dos envolvidos. Numa planilha apreendida na residência de Zuleido, constam R$ 500 mil reais em contribuições de campanha no Amapá, por orientação de Sarney, chamado de 'PR' (presidente). Segundo a Polícia Federal, a promiscuidade era tamanha que um dos lobistas da empreiteira, chamado de José Ricardo, despachava dentro do gabinete do senador Sarney.

Há comprovantes de depósito para assessores dos senadores Renan Calheiros, Valdir Raupp e Roseana Sarney. Um dos encarregados de cobrar os pagamentos era Ernane Sarney [irmão mais novo do senador José Sarney e secretário particular de Roseana Sarney], que recebeu de Zuleido um depósito de R$ 30 mil reais. Num diálogo interceptado em abril de 2007, Ernane pede dinheiro ao tesoureiro da Gautama [Gil Jacó Carvalho Santos]. 'Vocês estão me enrolando. Já não estava tudo na mão? Eu tô com a corda no pescoço aqui, rapaz, o doutor também tá com a corda no pescoço', explica o irmão de Sarney."

A íntegra da conversa entre Ernane Sarney, o "Gaguinho", e Gil Jacó, da Gautama, ocorrida em 25 de abril de 2007, foi publicada com exclusividade pelo JP em 24 de agosto de 2008 (veja no destaque). Gil Jacó foi um dos 61 denunciados da Operação Navalha, em maio de 2008, pelo Ministério Público Federal (MPF) no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Apesar do mar de provas levantadas nas investigações da PF, ninguém ligado ao clã Sarney foi indiciado até agora como decorrência da Operação Navalha.

(*) O monge Grigori Rasputin - charlatão que se dizia um "homem santo" - foi uma figura sinistra que, mesmo sem ter, formalmente, nenhum cargo no governo imperial russo, exerceu enorme influência na última fase da dinastia Romanov, destronada pela Revolução Comunista, em 1917. Rasputin foi morto em 1916. Seu assassino, o príncipe Félix Youssoupov, teve de abatê-lo a tiros, depois de ver o monge sobreviver a uma dose cavalar de cianeto, colocado em doces e vinhos para envenená-lo.


No saite Noticias Daqui
LUCIANA CAPIBERIBE REBATE SARNEY
(http://www.lucianacapiberibe.com/2009/02/26/negando-o-obvio-jose-artigo-bilingue-sarney-tenta-rebater-criticas-da-the-economist-por-luciana-capiberibe/)

Negando o óbvio: José Sarney tenta rebater críticas da The Economist

Sarney terminou a semana passada tentando rebater críticas que a prestigiada revista Britânica “The Economist” desferiu contra ele no artigo “Onde Dinossauros ainda vagam”, referindo-se a sua eleição à Presidência do Senado. Na resposta, publicada na sessão de cartas Online da revista, Sarney utiliza-se de subterfúgios para omitir a verdade. Ele diz que nos últimos sete anos, quem manda no estado Maranhão é um grupo rival – mentira porque o governador anterior a Jackson Lago, José Reinaldo Tavares, foi eleito pela família Sarney e rompeu com ela depois de 2 anos de mandato, quando não agüentou mais a ingerência de Roseana Sarney, a filha.

Acusado pela The Economist de ser o mandatário do Estado do Maranhão pelos últimos 40 anos, Sarney segue dizendo que nos 40 anos que se passaram, vários governadores do Maranhão pertenciam a outros grupos políticos, (mas não citou o nome de nenhum), ele afirma ainda que não concorreu a uma eleição no Maranhão nos últimos 30 anos e que por isso não poderia ser acusado de dominar o Maranhão como um feudo. Vamos à mais essa falácia, Sarney diz que não participou de eleições nos últimos 30 anos no Maranhão, o que é verdade se olhado na literalidade do que foi dito, porém, ele foi conduzido pelo estado ao cargo de Senador em 1979 e gozava do mandato quando em 1985, ele foi indicado pela Frente Liberal, uma dissidência do PDS, para ser vice-presidente da República no governo de Tancredo Neves, que acabou falecendo antes da posse.

Ou seja, recapitulando, graças ao mandato de senador, outorgado a ele pelo povo do Maranhão, Sarney participou da disputa no Congresso Nacional e acabou sendo presidente do Brasil por uma fatalidade, passaram-se aí onze anos e chegamos ao ano de 1990, quando depois de ser presidente da República, Sarney com a popularidade em baixa, resolve ser candidato pelo pequeno Estado do Amapá, que promovia suas primeiras eleições para o Senado da República.

Sarney esqueceu de contar a The Economist, que enquanto ele estava aqui no Amapá, quem ocupou o lugar antes ocupado por ele na política maranhense foi sua filha, em 1994 ela elegeu-se governadora do Maranhão, reeleita em 1998. Em 2002 foi a hora da família Sarney ocupar duas vagas no senado, com a eleição de Roseana para aquela Casa de Leis. No campo das comunicações, nos últimos 40 anos a família Sarney construiu um verdadeiro império naquele estado constituído por 13 repetidoras da rede Globo de televisão no Maranhão, a TV Mirante, 35 emissoras de rádio e o jornal O Estado do Maranhão (nada mal para quem não pretende controlar um estado, não é?). Com tudo isso, Sarney afirma à revista The Economist que “ qualquer referência ao controle político exercido por ele no Estado do Maranhão é incorreta”.A revista afirma ainda que José Sarney foi um presidente que chegou lá “por acidente”, cujo governo “não tem distinção”.

Para defender-se Sarney afirma ser o “presidente da transição democrática” o que teria permitido o florescimento de uma sociedade verdadeiramente democrática ao ponto de eleger um trabalhador para a Presidência da República, referindo-se ao presidente Lula. Ah, então foi por causa de Sarney que Lula virou presidente do Brasil? Essa eu não sabia. Até porque Sarney participou de todos os governos que vieram depois do dele, sempre ocupando ministérios e cargos importantes. No Maranhão, dos 53 cargos federais, 50 são indicados pelo grupo político de José Sarney, aí cabe a pergunta: que tipo de interesses movem realmente o senador maranhense? Será o poder pelos cargos e influência, como o acusa o colega de partido senador Jarbas Vasconcellos, ou algum tipo de valor ético ou democrático?

Tudo isso seria perdoável se sob o domínio de Sarney, o Maranhão não tivesse se transformado num dos estados mais miseráveis do país, experimentando os piores índices de desenvolvimento. O que comprova que a evolução política dos Sarney é inversamente proporcional ao desenvolvimento do povo Maranhense. Sarney pode até mandar no Maranhão, no Amapá e até no Brasil, mas não tem como desentortar sua própria biografia, toda construída sob as benesses do poder, seja através de mandato eletivo, ou não. Achou ruim? Então vá ao TRE do Maranhão e fale com a presidente daquele órgão, desembargadora Nelma Sarney.

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Denying the obvious: José Sarney tries to respond to criticisms by The Economist

By Luciana Capiberibe*
Last week, former Brazilian president José Sarney attempted to respond to criticisms that the prestigious British publication The Economist leveled against him in the article “Where Dinosaurs still roam”, refering to his election to the Presidency of the Senate. In his response, published in the Letters section of the Online version of The Economist, Sarney uses subterfuge to hide the truth. He says that a rival group has been running Maranhão for the last seven years – a lie, since the governor before Jackson Lago, José Reinaldo Tavares (elected in 2002), was elected by the Sarneys and split ranks with them 2 years into his mandate, when he could no longer stand the constant interference of Roseana Sarney.
Identified by The Economist as the dominant force in the State of Maranhão for the last 40 years, Sarney responds that during this time, various governors have belonged to other political groups (but doesn’t name any). He also affirms that he has not run in any elections in Maranhão for the last 30 years and therefore cannot be accused of dominating Maranhão as if it were a feudal state. Yet another fallacy: it may be correct, in a strictly literal sense, that Sarney has not stood for election during this time, however he was elected by Maranhão in 1979 to the Senate and was in exercise of this mandate when, in 1985, he was indicated by the Frente Liberal – a dissidence of the PDS – to be Vice-President to Tancredo Neves, indirectly elected by the Congress only to die before the inauguration, leaving Sarney to assume the Presidency. In summary, thanks to his mandate as Senator, given to him by the people of Maranhão, Sarney participated in the dispute and ended up President of Brasil by a tragic twist of fate. He then spent 11 years in power when, on leaving the Presidency with an all-time low in popularity, decided to run for the Senate in Amapá, in what were the small, fledgling state’s first experience with the election process. Sarney “forgot” to tell The Economist that during the time that he’s been elected by Amapá, the space that was previously occupied by him in the Maranhão political scene has been occupied by his daughter, Roseana, elected Governor in 1994 and reelected in 1998. As of 2002, the Sarney family has occupied 2 seats in the Senate, with the election of Roseana to that noble House.
In the field of communications, over the last 40 years the Sarney family has built an empire in Maranhão consisting of 13 concessions of the Globo television network, TV Mirante, 35 radio stations and the newsdaily O Estado do Maranhão (not bad for someone who has no intention of consolidating his hold of the State). With all this, Sarney tells The Economist that “any reference to political control exercised by him in Maranhão is incorrect”. The Economist affirms that José Sarney was a President who arrived “by accident”, whose government “has no distinction”. In his defense, Sarney declares himself “president of the democratic transition”, permitting the emergence of a society so truly democratic that it elected a blue-collar worker to the Presidency of the Republic, in a clear reference to President Lula. Ah, so it was thanks to Sarney that Lula became President of Brasil? That I didn’t know. Especially since Sarney has participated in every government that has succeeded his own, always occupying ministries and important posts. In Maranhão, among the directors of 53 federal agencies, 50 have been appointed by Sarney’s political group.
It begs the question: What kind of interests really motivate the Senator from Maranhão? Power through appointments and influence, as he accuses his party colleague Senator Jarbas Vasconcellos, or some sort of ethical or democratic values?

*Luciana Capiberibe. Has a BA in Law with a graduate diploma in Communications at Concordia University in Montreal. She maintains a blog with a focus on news and politics Notícias Daqui.

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